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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Amamentação

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Nossa... quanta coisa tenho para contar deste tema.

Apesar de ouvir vários depoimentos (principalmente das famosas da TV) dizendo que amamentar é a coisa mais linda e gostosa do mundo, me deparei com muito mais depoimentos (de mulheres "reais" - conhecidas) dizendo que, pode até ser lindo e um momento mágico de contato único da mãe com o filho, mas isso é muito mais na teoria que na prática. A maioria me dizia coisas do tipo:
- Dói demais, é insuportável.
- Tenha foco e junte forças. Não desista. Nos 15 primeiros dias você quase vai morrer, mas seja forte, uma hora passa.
- Meu seio rachou inteiro e quando o nenê mamava parecia que ia arrancar o bico fora.
- Vai doer tanto que você vai esquecer qualquer outra coisa.
- O leite empedra e se não conseguir desfazer as pedras tem que operar.  

Pois é. Óbvio que fiquei apavorada e me preparei psicologicamente para passar por esta experiência massacrante (segunda a maioria dos relatos haha).

Juju nasceu, e como já contei anteriormente, mamou ainda no Centro Obstétrico. Foi ótimo, e a pequena é tão espertinha que já pegou direitinho.

Posição e pega:
Já no quarto, as enfermeiras nos orientam da posição correta que o bebê deve ficar, e nos informam também da "pega".
Quanto à posição, peguei a Juju do jeitão tradicional mesmo, a "barriguinha com barriguinha" - pego ela deitadinha no colo, e viro ela de frente para mim, deixando a barriguinha dela encostada na minha.
Em relação à pega, o bebê precisa abocanhar uma boa parte do seio, não só a pontinha do bico, senão além da mãe sentir uma dor horrível e machucar o mamilo, o bebê não suga o leite.




Tive muita sorte da Juju pegar direitinho, porque assim ela mamava bem e eu não sentia dor.

Tempo das mamadas:
Além destas orientações, recebi uma que achei bem importante, do pediatra da Maternidade. Sabemos que, depois que o bebê nasce, ele acaba perdendo peso nos primeiros dias, por isso o aleitamento materno é extremamente importante, para que o bebê recupere o peso perdido. 
No começo a Julia mamava por bastante tempo, porque era necessário fazer mais força para sugar, já que no início sai apenas o colostro, antes da saída do leite mesmo, com a parte "gordurosa". Eu tinha ouvido dizer que o ideal é que o bebê mamasse 15 minutos em um seio, depois 15 no outro (assim a mãe não fica com um peito maior que o outro e o bebê não acostuma só com um lado). E eu estava fazendo assim, até que veio a dica do pediatra: nos primeiros dias de vida do bebê, o ideal é que, à cada mamada, o bebê fique de um lado só. A explicação é que, quando o bebê já sugou o colostro e vai começar a sair a parte gordurosa do leite (que é o que vai engordar o bebê), você tira ele para mamar no outro peito e o processo começa do zero de novo, e ele acaba ficando sem a parte do leite que vai fazer ele recuperar o peso.
Então, a cada mamada eu dava de um lado.
Já depois de um tempo, quando cheguei em casa, comecei a fazer do jeito que eu achava mais confortável para mim, pois tive alguns probleminhas que vou relatar abaixo.
Mas hoje em dia, passados 2 meses que ela nasceu, eu costumo dar um lado à cada mamada. Só mudo o seio quando, no meio da mamada ela quer arrotar. Aí tiro ela do peito, ela arrota, e eu ponho para mamar no outro.
Se o bebê mama dos 2 lados à cada mamada, o ideal é sempre começar pela última mama dada, na próxima mamada (pois deduz-se que o bebê mamou menos no último lado). Mas eu não sigo muito essa regra. Na verdade sempre dou para ela o lado em que o seio está mais cheio.

Indução da produção de leite:
Ainda no hospital, comecei a tomar Plasil, e só fui saber que era para estimular a produção de leite, no último dia. Que desgraça. Enquanto eu estava na Maternidade, tudo bem, mas quando cheguei em casa... começou o pesadelo. Meus seios ficaram tão enormes e cheios de leite, que o Ro teve que sair correndo para comprar sutiã novo para mim, porque os que eu tinha comprado não serviam. Detalhe: antes da gravidez usava 46, e depois desta "tragédia" fui para 54! Se eu soubesse, nunca que eu tinha tomado Plasil. Aliás, nunca mais na vida tomo este medicamento. Traumatizou muito!

Excesso de leite:
Por causa do excesso de leite, comecei a ter alguns probleminhas, que me atrapalharam demais. Na verdade, se eu não tivesse que cuidar dos meus seios, teria dado conta de cuidar da Julia muito mais fácil. Mas por causa disso, precisei de uma super ajuda da minha mãe e do meu marido.
Meus seios ficaram tão cheios, que a coitadinha da Julia não dava conta de mamar. Jorrava leite para todo lado, literalmente. Tinha que tomar cuidado para não espirrar nos olhos da Ju, porque quando eu tirava o sutiã, começava a esguichar. Era uma sujeirada danada. À cada mamada eu e a Julia precisávamos trocar de roupa.
Consequência: Era tanto leite, mas tanto leite, que começou a empedrar. Cada vez que ela mamava eu precisava fazer massagem e desfazer as pedras. Doía demais. Doía tanto que eu mesma quase não conseguia fazer, então minha mãe que fazia para mim. Meios seios estavam gigantes e as veias ficaram hiper evidentes. O bico do seio parecia pedra de tão duro, o que dificultava muito a pega da Juju (que ficava brava e chorava porque não conseguia pegar direito para mamar). Pesquisando sobre isso, achei o artigo “Problemas comuns na lactação e seus manejos”, e descobri tudo sobre o ingurgitamento (que é causado pelo excesso de leite). O seio fica muito pesado e rígido. Se não cuidar desse "empedramento, o caso pode até evoluir para uma mastite (vou falar sobre ela logo logo).
Enquanto a produção do leite não se regulou e seu corpo ainda está descobrindo qual a quantidade de leite ideal para o seu bebê, fiquei nessa situação hiper péssima, que demorou uns 20 dias para passar.
As recomendações básicas para aliviar o ingurgitamento são: fazer compressa morna e ordenhar o excesso imediatamente após a compressa, além de colocar o bebê para mamar. Outra variação: tomar um banho morno e ordenhar no chuveiro.
Só que que também li, que compressa morna faz aumentar a produção de leite, assim como a ordenha. Então eu fazia o seguinte: usava a bombinha manual para retirar apenas o excesso de leite, enquanto minha mãe fazia massagens para desempedrar o seio. Isso antes da Julia mamar. Aproveitava também para massagear o mamilo, para deixar ele "molinho" para a Julia conseguir pegar direito.
A bombinha que eu usei é a manual da Avent, que eu achei ótima e recomendo:


 Vem várias pecinhas, o que facilita a limpeza. Pode ser acoplada nos potes de armazenamento de leite, ou direto na mamadeira, ou ainda acoplar o bico da mamadeira no pote de armazenamento de leite.



Ainda pesquisando na internet, descobri que a compressa fria, por contrair os vasos sanguíneos e ductos mamários, é usada como estratégia para diminuir a produção de leite, e quando a enfermeira do GAAM - Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno (que presta serviços no Hospital e Maternidade São Luiz) me ligou, aproveitei e tirei com ela dúvidas sobre isso. Então, depois de cada mamada da Juju, ou depois que cada massagem que minha mãe fazia em mim, eu fazia 15 minutos de compressa fria. Para isso, usei mais um produto da Avent:

 

 



São ótimas bolsinhas de gel, que basta colocar na geladeira (não no freezer) para resfriar, e colocar dentro da capinha de tecido que vem junto, para proteger o seio de queimadura por causa da bolsa gelada. Tem também essa necessaire roxinha, para guardar o kit.

Depois de fazer estas compressas, e também por causa do passar do tempo (já que só com o tempo o corpo começa a regular a produção de leite de acordo com a quantidade que o bebê mama), a quantidade foi diminuindo, e regularizou.

Acessórios de auxílio para lactantes:
Além dos acessórios que mencionei nos outros tópicos (bombinha e compressa), tive a grande ajuda de outros.
Pijamas para a maternidade: Eu não dava muita importância para isso, e achava que era mais uma questão de frescura. Errado! São essenciais. Não apenas porque é importante ficar no mínimo arrumada na maternidade (já que você se sente um bagaço, porque fica cansada, com olheiras, cabelo desarrumado, e uma barriga grande e vazia haha), mas porque facilita muito na hora da amamentação, e com certeza pode ser seu melhor amigo em casa, já que nos primeiros dias a tendência é passar dia e noite de pijamas.
Comprei apenas 2 na  Any Any MãeUm deles é um conjunto de blusa manga curta (com botões fáceis de abrir e fechar na altura dos seios) e calça, e uma camisola curta (com botões fáceis de abrir e fechar em todo comprimento dela) com um robe combinando. Preferi o pijama de calça, pois me senti mais confortável, mas no calor é complicado. Então, na minha opinião, acho que para o calor a melhor opção não é camisola, e sim blusa e shorts.
Ah, vale lembrar que o acompanhante (no meu caso o Ro - pai da Juju) também fica no quarto e dorme na maternidade, e por isso vale a pena usar um pijama bonitinho e confortável também. Mas como homem não liga para isso, e eu sabia que o Ro não ia comprar nada para ele, resolvi dar de dia dos pais para ele esse aqui:


Chinelo para maternidade: Nada a ver com amamentação, mas como falei dos pijamas, já aproveito para falar disso hahaha. Eu também não dava muita importância para isso, e achava que era mais uma questão de frescura. Certo! hahaha Realmente, não tem necessidade. É mais para ficar andando arrumadinha e para combinar com os pijaminhas. Eu acabei comprando o modelo da foto abaixo, da Any Any Mãee adorei. Como a gente fica com os pés bem inchados depois do parto, foi legal ter um chinelo mais fofinho e confortável, mas não é extremamente necessário.


Sutiã de amamentação: Comprei alguns antes da Julia nascer. Fui na loja e experimentei de acordo com o tamanho que meus seios estavam, mas que, caso eles crescessem um pouco mais, ainda assim caberiam. Comprei na Any Any Mãe, e amei. Os que comprei variaram na faixa de R$70,00. Comprei tanto uns mais simples (que mesmo sendo simples era super bonitos e delicados, e tinham até rendinha), como também com ferrinho e renda. Achei ÓTIMOS mesmo. Sustentam bem, são práticos, bonitos e confortáveis.
Porém, quando tive que comprar os gigantes, comprei da marca My Lady (igual o da foto abaixo). Eram bem simples, mas eram firmes. Detestei o tecido (90% poliamida, 10% elastano e forro 100% algodão). Qualquer gotinha de leite que pingava deixava o tecido molhado e não secava nunca, então eu sempre tinha a sensação de estar suja. Quando eu colocava para lavar, demoravam para secar (o que não acontece com os da Any Any, que secam hiper rápido).


My Lady

Cinta pós-parto: Comprei também da marca My Lady, e ao contrário do sutiã, eu adorei! Muito boa, quase não marca na roupa, é confortável e não machuca. Peguei daquelas com colchetes nas laterais, e que tem perninhas, mais ou menos como esta da foto, com a diferença que a que eu usei tem colchetes também na parte de baixo (o que facilita muito na hora de ir no banheiro, porque não precisa tirar a cinta toda. Afinal de contas, para fazer feito precisa estar hiper mega justa, o que dificulta muito para tirar e por né):

Usei super pouco tempo (menos de 10 dias) porque ficou grande muito rápido. Acabei voltando ao meu peso de antes da gestação em 20 dias (engordei 14 kg mais ou menos). 
Achei ótimo usar cinta, pois além das roupas ficarem melhores, eu me senti melhor com tudo mais firme no lugar. E com certeza ajudou a voltar às minhas medidas.
Ainda uso cinta, principalmente quando vou sair, mas não é sempre. Agora uso uma de outro modelo, só para firmar a barriga mesmo.
Pomada para os seios: Quando ainda estava na maternidade, meu médico ia me indicar uma pomada, caso eu tivesse rachaduras nos seios. Mas antes mesmo dele indicar, eu mostrei para ele uma pomada que eu havia ganhado. Esta pomada é para proteção dos seios, da marca Mustela:


Diferente das pomadas para rachadura, esta é usada no dia a dia, para aliviar a tensão dos seios por causa da produção de leite, hidratando a pele.
Eu usei no começo, mas logo parei, porque usava o próprio leite como hidratante.
Neste quesito não tenho muito o que falar, pois como não tive qualquer problema, não usei nenhum produto além deste, apenas nos 3 primeiros dias, no máximo.
Uma dica que recebi de uma enfermeira na maternidade, é fazer uma compressa de camomila do bico do seio, toda vez que sentisse ardor, ou desconforto. Então, quando meu bico ficava esticado de tanto leite do peito, depois que a Julia mamava e enquanto eu fazia a compressa fria, eu fazia chá de camomila e esperava esfriar o sachê, e colocava ele no bico do seio. Dá um alívio mesmo.

Concha para seios: Quando fui fazer a lista para o chá de bebê da Julia, conheci a concha. Nunca tinha visto ou ouvido falar. Minha mãe sugeriu que eu colocasse na lista, e eu respondi: Eu não quero esse troço que além de feio, deve incomodar. A vendedora que fazia a lista comigo disse que era muito útil, mas eu não dei ouvidos e não coloquei na lista. Conclusão: tive que comprar, porque era tanto, tanto, tanto leite saindo, que os absorventes não davam conta. Cheguei a usar fraldas de pano dentro do sutiã para ajudar a absorver o leite que vazava dos absorventes.
Comprei as da marca Avent, iguais das fotos abaixo:


 

Na caixa vem 2 conchas com furinhos em cima (para ventilação do seio) e 2 fechadas, além do silicone que fecha a concha. A concha é colocada desta maneira:

Enfim, a concha me trouxe seus benefícios: eu ficava suja com menos frequência. Isso, com menos, menos frequência, porque mesmo com a concha eu me sujava de leite, já que vazava tudo. Mas vazava não porque a concha era ruim, e sim porque enchia tão rápido que as vezes eu não percebia e não dava tempo de esvaziar.
Durante o uso da concha, a quantidade de leite de um dos seios foi normalizando, enquanto o outro continuava a produzir freneticamente hahaha.
Resolvi então juntar todo o leite da concha deste único seio, durante 24 horas, para ver quanto leite era desperdiçado. O resultado:

500 mL de leite jogados no lixo!!! :(
Dá muita dó jogar todo este leite fora, mas como é o leite que fica armazenado na concha, não pode ser doado por causa de contaminação.
Depois de notar que o leite não diminuía, comecei a achar que a pressão que a concha fazia no seio para ficar no lugar e não deixar vazar o leite, estava estimulando sua produção. Resolvi então passar um dia todo sem a concha. No "seio regulado" usei o absorvente de seio descartável, e no "seio maluco" usava o absorvente e toalhas de pano para ajudar a segurar mais tempo. Enquanto a Julinha mamava no lado regulado, eu deixava o outro seio sem nada, jorrando leite à vontade. Foi depois deste dia que as coisas começaram a normalizar. Precisei de um pouquinho só mais de paciência e mais algumas roupas e toalhas sujas de leite, e pronto... os 2 seios ficaram perfeitos, na medida ;)
Então, no meu caso, a concha foi ótima e ajudou nos primeiros dias, mas depois tive que deixar de usar.
Absorventes de seio: O primeiro que usei foi absorvente descartável da marca Lansinoh:

Adorei. São bons, cobertura suave que não machuca o seio. Possui uma proteção impermeável atrás do absorvente, que não deixa o leite passar para o sutiã. Além disso tem formato anatômico, não marca na roupa e possui 2 adesivos para fixação no sutiã. São embalados individualmente, o que é ótimo para guardar na bolsa ou levar para onde quiser, sem ter que se preocupar se está sendo armazenado de maneira higiênica:

Comprei em Miami e paguei por volta de U$12,00 na caixa com 100 unidades. Aqui no Brasil, a média de preço deste mesmo absorvente, porém com 36 unidades é R$29,90. Agora fazendo umas continhas aproximadas aqui:
Se a cotação do dólar estiver em R$2,50, temos a seguinte conta:
100 unidades do absorvente = U$12,00
que é o mesmo que dizer que
100 unidades do absorvente = R$30,00
Conclusão: Os mesmo R$30,00 que nos permite comprar 36 unidades aqui no Brasil, nos permite comprar 100 unidades fora do Brasil. Legal né? Aff!
Quando estes acabaram, comprei os da Johnson's:

Também gostei bastante. Esse flocgel faz com que absorva muito mais leite do que o da marca Lansinoh, porém, ele não tem nenhuma proteção impermeável, e acaba passando certa umidade para o sutiã quando o absorvente já está "cheio", e não vem embalado individualmente, ou seja, as 24 unidades vem dentro do mesmo saquinho. Também tem formato anatômico e não marca na roupa, e possui 1 adesivo de fixação no sutiã. Quanto ao preço: esta caixa com 24 unidades custa em média R$13,80 reais.
Quando estes acabaram, resolvi experimentar os da marca York:

Adorei também. É bem semelhante ao da Johnson's, pois possui exatamente as mesmas características, com exceção do adesivo, que este não possui. Uma vantagem deste é que ele não deixa passar umidade para o sutiã. Resolvi pegar porque estava em promoção. Na realidade ele costuma custar cerca de R$22,90 a caixa com 30, mas na promoção paguei por volta de R$11,00. 
Comparando agora o custo (no Brasil) destas 3 marcas:
Lansinoh:    R$0,83 / unidade
Johnson's:   R$0,57 / unidade
York:           R$0,76 / unidade

Então, na minha opinião, analisando custo-benefício, prefiro o da Johnson's mesmo. Como agora a minha produção de leite está regularizada, e eu troco sempre que o absorvente está cheinho (eles recomendam trocar à cada mamada, ou quando necessário), ele não chega a deixar o sutiã úmido (isto só acontece se vaza muito leite de uma só vez, ou se fica usando o mesmo absorvente por muito tempo).
Por fim, mas ainda falando de absorvente, há o absorvente lavável da Avent.


Adoro tudo da Avent, mas isso aí foi a maior decepção da vida! Péssimo. Não adianta nada. Marca na roupa, é grosseiro, e não dá nem para usar só em casa, porque como é todo de tecido, não possui nada que absorva e segure o leite, então ele deixa vazar tudo. Horrível. Foram R$40,00 jogados no lixo.


Por que não doar o leite:
Saber que eu tinha aquele monte de leite sobrando e sendo jogado fora, enquanto algumas mães sofrem com a falta de leite sem poder amamentar seu bebê, me partia o coração. Então, por que não doar? Eu explico.
À medida que o bebê mama, ou que se ordenha, o corpo entende que é necessário produzir mais leite, pois o bebê está consumindo àquele que saiu.
Então, se eu tirasse leite para doar, ia acabar ficando escrava da bombinha e teria que doar "para sempre", pois meu corpo nunca iria regular a produção de acordo com o que a Julia mama, porque sempre ia achar que ela consome o que mama mais a quantidade que eu ordenhasse.
Por este motivo, devem ser feitas apenas as ordenhas de alívio, quando os seios estiverem muito cheios, principalmente para evitar ingurgitamento e a mastite.

Não tive, mas vale a pena comentar:
Como consequência do ingurgitamento, há a mastite, que às vezes é causada por um ducto entupido. Então, caso apresente febre alta, vermelhidão nas mamas, calafrios e mal estar, é melhor procurar um médico. O tratamento padrão é antibiótico e anti-inflamatório.
Além disso é importante esvaziar a mama para evitar que aquele acúmulo de leite não infeccione, e sempre que houver nódulos, deve-se massageá-los vigorosamente, em forma de círculos.

Passados praticamente 2 meses e meio:
Minha produção de leite estava super regulada de acordo com a quantidade de leite que a Julia mamava, até que... ela resolveu não acordar mais de madrugada para mamar. Então, enquanto antes ela chegava a mamar de 2 a 3 vezes na madrugada (entre meia-noite e 8h) agora ela mama só 1 (ela costuma ir dormir por voltar das 02:00h - puxou para os pais e adora dormir tarde e acordar tarde - quando dá a última mamada antes de dormir a noite toda, e só acorda para mamar por volta das 7h. Ou seja, de madrugada meu peito fica hiper cheio e chega a me incomodar, a ponto de eu acordar para dar uma esvaziada nele no meio da noite, até a próxima mamada dela.


Bom, que eu me lembre é isso haha.
Mas apenas para concluir:
Tirando o meu excesso de leite nos 20 primeiros dias, que me impediram de curtir 100% minha filha, e que me causaram um pouco de dor e me estressaram mais que qualquer outra coisa no Universo, minha opinião sobre amamentação é: Além de ser super hiper mega importante o aleitamento materno, é sim a melhor coisa do mundo. Nada paga a troca de carinho deste momento. Nada me deixa mais feliz do que ter minha bebê coladinha em mim (ainda mais no calor, que ela fica só de fralda e temos o contato de pele com pele) enchendo a pança, e mexendo os pézinhos, e segurando minha mão, passando a mãozinha em mim. Então amamentar é sim uma coisa divina e linda! Puro amor <3

Gostaria de finalizar este post agradecendo as 2 pessoas que mais me ajudaram neste período:
Ro, meu amor, obrigada por toda paciência, por comprar os pijamas e o chinelo da maternidade mais lindos, por sair correndo para comprar sutiãs novos e a concha para me socorrer, por cuidar da Juju (principalmente na hora do banho) e por estar sempre ao meu lado.
Mãezinha, obrigada pelas dicas, pelas massagens, pelas comidas, pela roupa lavada, e por me ajudar com a Ju.
EU E A JULIA AMAMOS MUITO VOCÊS <3

Até a próxima,
Beijos



terça-feira, 11 de novembro de 2014

A escolha da maternidade e o parto

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A escolha da maternidade:
Eu e o Ro conversamos muito com o meu obstetra sobre qual maternidade escolher. Ele nos citou algumas (São Luiz, Pró Matre, Santa Joana, Santa Catarina), e disse para ficarmos à vontade na escolha.

À princípio, tínhamos em mente a Pró Matre, porque a priminha do Ro nasceu lá, e quando fomos visitar, gostamos bastante, e além disso eles tem aquele "Espaço Vida", que é um visor plasmático na janela sala de parto, que fica opaco durante a cirurgia, mas após o nascimento do bebê e a permissão do médico e dos pais do recém-nascido, fica transparente, permitindo que os familiares presentes acompanhem os acontecimentos logo após o nascimento.

Agendamos uma visita e fomos conhecer a maternidade. As instalações são ótimas, a visita foi bem legal, gostamos da estrutura... Mas na hora de conhecer o quarto, veio a surpresa. Não havia nenhum quarto disponível para conhecermos, porque a maternidade estava lotada. Foi aí que eu perguntei: Se está lotada, e eu quiser ter o bebê aqui, como faz? Corro o risco de ficar sem vaga? A atendente do tour me respondeu que se for parto normal, eles não podem me mandar embora, então eles fazem o parto, e tenho que ficar na casa esperando até vagar quarto ou até mesmo ser transferida. Então perguntei se caso meu parto fosse cesárea e meu médico fizesse o agendamento com antecedência, se ainda assim correria o risco de ficar sem quarto? E a resposta foi pior ainda: O fato do médico agendar o parto não significa que o quarto seja reservado. Se no dia e hora marcados para o parto não houver vaga, então nós não realizarmos o parto e a mãe tem que procurar outra maternidade ou voltar outro dia.
Aí me pergunto: Você chega lá, ansiosa, nervosa, com medo, insegura para fazer o parto e ter logo seu bebê, e quando chega lá é obrigada a sair correndo atrás de outro lugar, porque aquele que você escolheu e planejou com antecedência não pode te receber. Imagina o desespero.
Então, perguntei ao meu médico se isso já havia acontecido com ele, que me respondeu que só no primeiro semestre de 2014 já havia acontecido 3 vezes.
Dissemos à ele que a segunda opção era o São Luiz ou o Santa Joana, e pedimos a opinião dele, que foi a seguinte: "Eu prefiro o São Luiz. A Pró Matre tem esse problema de vaga, principalmente por causa desse Espaço Vida que está na moda. O Santa Joana é da mesma rede da Pró Matre, mas é muito lotado. Ambos são ótimos, mas tem esse problema."
Foi então que ele nos sugeriu que visitássemos outras maternidades e caso realmente optássemos pela Pró Matre e o parto fosse cesárea, ele agendaria lá, mas por precaução agendaria também em outra maternidade.

Baseados no que ele disse, agendamos a visita no Hospital e Maternidade São Luiz. Infelizmente o Ro não conseguiu ir comigo, então fiz o tour sozinha.
Já senti a diferença desde o início. A atendente foi super atenciosa, e além dos panfletos e informativos com tudo o que era necessário saber, eles ainda dão brindes (no meu caso foi um Higiapele da Johnson's e um álcool gel pequeno. Nada de mais, mas são mimos que na minha opinião fazem a diferença).
Adorei toda a estrutura do Hospital, mas as coisas que mais me atraíram (além da qualidade no atendimento ao bebê, que na minha opinião é prioridade) foram:
- Nascimento via web: Após o nascimento do bebê a sala de parto é filmada de modo que só apareça o pai, o bebê e o rosto da mãe, por 10 minutos. A filmagem é transmitida em tempo real no site do São Luiz, apenas para as pessoas que possuírem a senha, que é fornecida à mãe no momento da internação. Além disso, para as pessoas que quiserem assistir do hospital, o wifi é liberado e há um espaço no 2º andar, na frente de uma lanchonete, onde todos podem ficar.
Comparando com a Pró-Matre: prefiro o serviço web do que o Espaço Vida, porque na web até os parentes e amigos distantes podem participar deste momento incrível.


- Berçário de recém-nascidos e primeiro banho: Após o nascimento, os bebês que estão bem vão para um berçário de recém-nascidos, também localizado no 2º andar, onde ficam aguardando avaliação médica para depois subir para o quarto. Este berçário é todo de vidro e os amigos e familiares que optaram por assistir o nascimento via web no hospital podem ver o bebê assim que ele chegar. O primeiro banho também é dado lá, na presença de uma enfermeira e do pai, e todos podem assistir pelo vidro também.
Comparando com a Pró-Matre: A Pró Matre possui apenas os berçários setoriais, ou seja, nos andares. Porém há andares que não tem esse berçário, então a mãe fica em um andar, e o bebê em outro. Achei péssimo.
- Segurança: Na entrada dos quartos de cada andar há um segurança na porta, e a entrada de visitas só é permitida depois que são anunciadas e o pai ou a mãe autorizam. 
Comparando com a Pró-Matre: Lá você se identifica apenas na entrada da maternidade e tem acesso livre à todos os quartos do Hospital. Não gostei disso.
- Os bebês ficam no quarto: Todo andar possui seu próprio berçário, mas os bebês podem ficar no quarto com a mãe. Eles pegam os bebês por um curto período na madrugada, para as mês descansarem, e também quando é necessário trocar fralda ou fazer exames. Mas se a mãe optar por ficar com o kit do bebê, elas mesmas podem fazer as trocas. Além disso, quando os bebês estão no berçário é possível ver do quarto, pois há um canal na TV que mostra a câmera do berçário e podemos acompanhar tudo o que acontece lá.
Comparando com a Pró-Matre: Como disse no item acima, não são todos os andares que tem berçário. Eles também possuem câmeras nos berçários, e são individuais, mostrando cada bercinho. Achei isso super legal, se não fosse pelo fato de que só quem paga pelos quartos tops (que os convênios não cobrem) é que tem esse serviço disponível.

E por fim, a pergunta principal: Corro o risco de ficar sem quarto, ou de não ser admitida no momento do parto por falta de acomodação?
E a resposta foi: NÃO. Nossos pacientes não correm este risco ou passam por este inconveniente. Caso ocorra o "Baby Boom" (quando nascem muitos bebê no mesmo dia e a maternidade fica lotada), é providenciado um quarto na Ala hospitalar, com as mesmas características e assistência que a maternidade, com a diferença de que não tem berçário, então o bebê fica o tempo todo com a mãe. Mas assim que alguma acomodação for liberada na maternidade, se for o desejo da mãe, eles fazem a transferência.

Pronto. Decidido, escolhido. Hospital e Maternidade São Luiz.
Tive a Julia lá mesmo, e não me arrependo. Apesar de ter ficado presa no elevador, de resto correu tudo bem. Além da visita das enfermeiras no quarto para dar a medicação e me monitorar, recebi a visita:
- da nutricionista: que passou diversas orientações sobre o melhor tipo de alimentação para mim (tanto para o meu bem estar, quanto para o da Julia, já que nossa alimentação influencia no leite materno);
- do GAAM (Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno) que ensina como amamentar corretamente, o jeito certo de segurar o bebê, como fazer para o bebê pegar direito, como cuidar dos seios. E além da visita no quarto, eles possuem um canal interno de televisão que mostra um curso com todas as dicas do GAAM, e um telefone para tirar dúvidas. E também alguns dias após eu ter alta, quando já estava em casa, uma enfermeira do GAAM entrou em contato comigo para saber como eu e a Julia estávamos, tirou algumas dúvidas minhas, e me deu total apoio e atenção em relação ao assunto, e isso foi o que mais me agradou. Adorei!
- de uma profissional responsável por ensinar massagem no bebê: Ela apenas passou no quarto e entregou um folheto com dicas de massagem passo a passo, e nos informou que, caso desejássemos, era só ligar no telefone disponível no panfleto para agendarmos uma visita dela para ensinar pessoalmente a massagem (o serviço é gratuito). Fiquei morrendo de vontade de agendar, mas e tempo? Não tinha como, tinha visita toda hora, e quanto não tinha eu precisava comer, dormir, tomar banho, amamentar... complicado.
- da enfermeira para ensinar dar banho no bebê: O banho é dado no quarto e ela ensina passo a passo do banho, como pegar o bebê, como banhar, como lavar, onde limpar, e como trocar a fraldinha. Muito legal para papais de primeira viagem e que não fizeram o curo preparatório (que é o meu caso).

As refeições eram gostosas, os lanchinhos também.

As enfermeiras eram atenciosas.

Também no circuito interno de TV, passa diariamente o DVD que eles dão de brinde no momento da alta (que por sinal eu não recebi. Acho que esqueceram de me dar e eu esqueci de pedir) e que fala tudo sobre cuidados com o bebê, como banho, soluços, troca de fralda, cuidados com o umbiguinho, amamentação,...

No geral gostei bastante, e quando tiver outro filho provavelmente terei lá novamente.

O parto:
Este é um assunto que eu odeio falar. Todo mundo adora dar palpite e julgar, mas cada gestante tem uma condição que faz com que o parto normal ou cesárea seja o mais indicado/adequado. Tem mulheres que preferem escolher, outras preferem avaliação médica. No meu caso, acho que tanto o parto normal quanto cesárea tem seus prós e contras. Preferi cesárea por diversos motivos, inclusive recomendação médica, por motivos que não precisam ser ditos.
Podem me julgar, eu não ligo. Não me arrependo da escolha feita.

Recuperação do parto:
Cesárea? Que cesárea? Nem parecia que fui operada. Não senti dor nem incômodo. Fiz tudo numa boa e as vezes até esquecia da cirurgia. Mas tive que tomar todos os cuidados, como tomar a medicação direitinho, lavar bem o curativo, não fazer força ou carregar peso... essas coisas.
Fiquei super inchada na primeira semana, principalmente nos pés e pernas, mas isso é normal. Foi só colocar as pernas para cima algumas vezes por dia, e ganhar uma deliciosa massagem da minha mãe antes de dormir, e pronto.
A barriga começou a diminuir super rápido. Comprei a cinta para ajudar, mas em menos de 1 semana ela ficou grande demais e tive que usar uma outra. Voltei super rápido e em 20 dias já tinha perdido quase todo o peso que ganhei na gestação, faltando perder apenas 1 kg. Hoje não só já perdi tudo, como estou pesando menos do que quando engravidei ;) E ainda tem coisa pra perder aqui rsrs. Continuo usando a cinta, e agora que irá completar 60 dias do parto já estarei liberada para atividades físicas. Não sou muito fã de exercícios, mas preciso fazer para perder o restinho de barriga que ficou, e principalmente para firmar a pele, porque eu sinto que estou toda molenga nas pernas, bumbum, barriga... Vou ver se consigo voltar a fazer Yoga nas horas vagas (como se houvessem muitas hahaha).

Bom, é isso. Agora vou começar a postar aqui minhas experiências desde o dia do nascimento da Julia, até hoje em dia, quando ela está completando quase 2 meses. Vou postar também sobre a evolução dela e os cuidados diários.


Beijos e até a próxima postagem ;)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

15 de setembro de 2014

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Estava doida para escrever aqui no blog, porque tenho MUITA coisa para contar... Mas o tempo para isso é que está complicado. Mas para resolver o problema, vou ter que escrever as poucos mesmo.

Vou contar tudo o que tem se passado na minha vida de mãe (ai que orgulho dizer isso), desde o dia em que minha gostosinha nasceu.

Dia 15 de setembro de 2014. O dia mais lindo, perfeito e abençoado. O dia em que minha vida mudou para sempre. O dia em que descobri que meu coração bate em outra pessoa, que eu não sou mais nada sozinha, que eu vivo por um outro alguém, que eu descobri um tipo de amor tão puro e verdadeiro que não se pode explicar. O dia em que eu descobri que posso passar o resto da minha vida chorando (de alegria, satisfação e gratidão). Sim, choro quase todos os dias.

Mas vamos lá... 
Neste dia 15, acordei, tomei meu banho, arrumei o cabelo, almocei, revisei todas as coisas para levar para a maternidade e pronto. Estávamos preparados para ir. Eu, o Ro e minha mãe colocamos tudo no carro (inclusive a ansiedade), e fomos rumo à nova vida.

Chegamos na Maternidade às 15:30h, e dei entrada na internação. Estava lotado, e só fomos para o quarto por volta das 17h. 

Lá a enfermeira colocou em mim aquele aparelho (que não faço ideia do nome) para monitorar o bebê. Esse aparelho fica medindo a frequência cardíaca do bebê, e eu tinha ouvido dizer, ou li em algum lugar, que quando as mães conversam com seus bebês, a frequência cardíaca deles sobe. Pois bem, ... Resolvemos testar.
Os batimentos da Juju estavam em 140 bpm quando comecei a conversar com ela, e rapidinho foi subindo cada vez mais. Foi para uns 157 bpm, quando eu parei de falar e o Ro começou. E continuou a subir... foi para uns 165 bpm, mais ou menos. E na sequência minha mãe começou a falar, até que chegou em 173 bpm. Quando paramos, os batimentos foram baixando, e voltaram para perto dos 140 bpm. Além disso, dava para ver ela se mexendo loucamente na barriga. Foi incrível. Ou seja, comprovado que quando as mães conversam com seus bebês, a frequência cardíaca deles sobe.


Momentos depois do monitoramento <3































Depois disso, recebi as instruções das enfermeiras, sobre a paramentação para usar no parto e sobre os horários. Era para que me trocar às 19h, para que o médico passasse para me buscar às 19:30h. Até então, eu estava tranquila.

Começaram a chegar as visitas. O quarto ficou cheio de gente querida que foi para me apoiar, ver meus últimos minutos de barrigão, e principalmente, ver a Julinha.
Foram as avós, bisavós, avô, tios-avôs, tias-avós, tio, tias, amigos... Enfim. Uma festa.


Uma parte da família presente (faltaram alguns na foto)



Eis que chega a hora. O parto estava marcado para 20h.

Já estava devidamente paramentada...

E linda rsrs



... e me despedi de todos para encontrá-los só depois da grande hora. Aí veio a emoção forte. Na mesma hora que comecei da sair do quarto, já comecei a chorar. Mix de emoções. Me senti feliz, ansiosa, com medo, grata por tudo e pela família que tenho... enfim.

Sentei na cadeira de rodas e fomos rumo ao centro obstétrico, eu, o Ro e a enfermeira que me levava. Entramos no elevados e tinha uma obstetra dentro também. O Ro desceria no 2º andar para se paramentar para assistir o parto, e eu entraria pelo primeiro andar, direto no centro obstétrico.
O elevador parou no 2º andar para o Ro descer e... a porta não abriu. Isso mesmo, ficamos presos no elevador. A enfermeira interfonou para a segurança avisando, e pediram que esperássemos o pessoal da manutenção, que teoricamente chegaria em 5 ou 10 minutos. Óbvio que isso não aconteceu. Conclusão: Todo mundo que esperava para ver o parto via web ficou desesperado sem saber notícias (ninguém sabia que estávamos presos no elevador), os médicos ficaram atrás da gente para saber o que estava acontecendo, e eu já estava morrendo de calor e começando a sentir dor dentro daquele lugar fechado (detalhe: tenho claustrofobia e ODEIO elevadores... morro de medo). Passaram 20 minutos e a enfermeira disse que ia pedir para acionarem os bombeiros, pois de depois desse período a manutenção não chega, o corpo de bombeiros pode ser acionado. E disseram que o pessoal da manutenção já estava chegando. Ficamos entre 30 e 40 minutos presos, até que a manutenção chegou. O Ro conseguiu correr e avisar o tio dele, que avisou o resto da família, que estávamos aquele tempo todo presos.
Por fim, chegamos no C.O. e estavam todos os médicos me esperando.
Foi tudo muito rápido, e muito lindo. Foi o dia mais lindo e feliz da minha vida.

A maternidade estava tão lotada, que ficamos mais tempo que o esperado no C.O. esperando para que a Julinha fosse para o berçário e para o primeiro banho, e para que eu fosse para a sala de recuperação. Enquanto isso, minha pequena bebê esfomeada já resolveu mamar lá mesmo. Foi tão lindo. Mas eu estava toda torta, não sentia parte do corpo por causa da anestesia, e por isso não conseguia me ajeitar. Mesmo assim deu certo.

E mais uma vez, eu super linda rsrs


Depois disso, fui para a sala de recuperação, e apesar do cansaço, não consegui dormir de jeito nenhum. Eu só queria ir logo para o quarto, ver minha família, e ver logo minha filha. Nunca tinha ficado tanto tempo longe dela rsrs.

Cheguei no quarto era quase meia noite. E o banho da Juju, que deveria ser dado após o nascimento dela, lá no berçário, onde toda família pudesse assistir, infelizmente só foi dado perto da 1h, quando quase todos já tinham ido embora. Só minha mãe, a Dani e a Telminha conseguiram assistir.

Enquanto isso, fiquei sozinha no quarto, só esperando meu bebêzinho lindo chegar. E quando foi por volta das 3h, ela chegou :) Direto para mamar.

Foi esse meu dia 15 de setembro de 2014, o dia mais perfeito da minha vida.

Nos próximos posts vou contando do dia-a-dia, das alegrias, dos desafios, das escolhas, ...

Beijos ;*